O governo do presidente Lula da Silva está enfrentando dificuldades em definir o limite da taxa de juros para o crédito consignado concedido a aposentados e pensionistas do INSS. A divergência entre as equipes envolvidas ainda persiste, mesmo após uma reunião realizada entre o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e os secretários-executivos da Casa Civil, Miriam Belchior, e da Fazenda, Gabriel Galípolo.

A Previdência defende que o limite dos juros seja mantido o mais próximo possível do atual 1,7% ao mês, enquanto outras áreas do governo julgam ser necessário que a taxa beire os 2%. A decisão do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) de baixar o teto de 2,14% para 1,70% ao mês agravou a crise em torno da taxa de juros do empréstimo consignado.

A medida foi tomada sem a consulta da área técnica da Fazenda e sem a chancela do ministro-chefe da Casa Civil, o que gerou críticas por parte do presidente Lula. Além disso, os bancos reagiram à medida e suspenderam temporariamente a modalidade, argumentando que o patamar de 1,7% inviabiliza a operação, pois deixa a margem de lucro das instituições negativa.

O impasse persiste, e uma nova reunião será realizada antes da reunião do CNPS. O governo ainda não chegou a um acordo sobre o patamar de juros a ser adotado, o que mantém a incerteza sobre a retomada do crédito consignado aos aposentados e pensionistas do INSS.

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