A Polícia Federal (PF) está cumprindo mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao senador Marcos do Val, do Podemos-ES. O pedido foi feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes há algumas semanas. Os endereços incluem o apartamento funcional ocupado pelo senador em Brasília, seu gabinete no Congresso Nacional e um local no Espírito Santo.

Além dos mandados de busca e apreensão, o ministro determinou que a PF ouça o senador o mais rápido possível para investigar a suposta obstrução de justiça, que é o motivo da operação. Essa ação ocorre dois dias depois de o senador divulgar documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência em seu perfil no Twitter.

Em fevereiro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes abriu um inquérito para investigar o senador Marcos do Val por suspeita de crimes como falso testemunho, denunciação caluniosa, coação e divulgação de documentos sigilosos. Antes disso, o senador fez uma transmissão ao vivo em uma rede social, alegando que a revista Veja publicaria uma reportagem mostrando que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria tentado coagi-lo a realizar um “golpe de Estado”.

Após esses acontecimentos, Marcos do Val afirmou em uma postagem no Instagram que planejava sair definitivamente da política. Ele mencionou que se dedicou exclusivamente ao Senado nos últimos quatro anos, deixando de conviver com sua família, e anunciou que pretendia pedir afastamento do cargo para retornar à sua carreira nos Estados Unidos.

O senador também criticou as decisões do ministro Alexandre de Moraes, chamando-as de “anticonstitucionais” e defendeu que os senadores têm a responsabilidade de fiscalizar, afastar e até mesmo “impeachmar” (impeachment) ministros do STF. No entanto, a conta de Twitter do senador foi bloqueada em cumprimento à ordem contra o parlamentar.

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