O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está sob investigação da Polícia Federal (PF) e enfrenta uma nova denúncia relacionada a contratos suspeitos na área da saúde no Maranhão. A empresa de diagnósticos médicos e oftalmologia, Dio, que possui ligações com a família do ministro, recebeu aproximadamente R$ 6,2 milhões da Prefeitura de São Luís entre 2017 e 2019, mesmo sem ter vencido uma concorrência pública. Enquanto isso, um processo de licitação para contratar uma empresa especializada na mesma área estava em andamento, no qual a Dio participou, mas foi desclassificada devido a preços mais altos e falta de serviços de urgência e emergência.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também identificou irregularidades em um contrato da Dio com o Hospital Jackson Lago, do governo estadual do Maranhão. A Dio, cujo endereço está registrado na residência de Juscelino, tem como sócios a esposa do ministro, Lia Rezende, e o marido da irmã de Juscelino, Luanna Rezende. Luanna e Juscelino estão sendo investigados na Operação Benesse, realizada pela Polícia Federal, devido a um esquema de desvio de verbas para o asfaltamento de uma estrada próxima à propriedade rural da família em Vitorino Freire. Luanna, que é prefeita do município, foi afastada do cargo por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o bloqueio de bens de Juscelino.

Em janeiro de 2018, quando a prefeitura de São Luís anulou o edital, uma nova licitação foi realizada seis meses depois, e a vencedora foi o Centro Avançado de Diagnóstico por Imagem (Cadi), empresa fundada por Juscelino em 2008, cujas sócias incluem Lia Rezende e Rochelle Oliveira Coêlho, ex-assessora parlamentar de Juscelino na Câmara dos Deputados. O contrato com o Cadi foi assinado em janeiro de 2019 e tem sido renovado anualmente por meio de aditivos, totalizando cerca de R$ 10,5 milhões recebidos desde 2019.

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