Uma tristeza profunda pairou sobre a cidade de Marí, no interior da Paraíba, quando a prefeitura decidiu derrubar uma majestosa Palmeira Imperial que adornava o centro da cidade por cerca de 25 anos. A árvore, símbolo de beleza e vida, foi vítima de um ato insensato e deplorável em nome do entretenimento.
Enquanto os moradores questionam a perda desse ícone natural, o motivo da sua destruição é tão desolador quanto a própria queda da Palmeira Imperial: a montagem de um palco para o show onde o Cantor Léo Santana é uma das principais atrações.
A destruição da Palmeira Imperial não é apenas um crime ambiental, mas uma afronta à história e à cultura da cidade que se prepara para comemorar seus 65 anos de emancipação política no próximo dia 19 de setembro. Essas árvores foram plantadas com carinho e dedicação ao longo dos anos, embelezando o centro da cidade e testemunhando as principais festas tradicionais e nunca haviam sofrido um ataque tão devastador.
A cidade, que deveria ser sua guardiã, hoje assiste perplexa a ganância e o desrespeito pela natureza prevalecer.
É importante ressaltar que, além de ser um crime previsto na legislação federal, a poda e derrubada de árvores é disciplinada por leis locais, que, neste caso, foram descumpridas pela própria entidade que deveria protegê-las: a prefeitura. A prefeitura, que deveria ser a guardiã do meio ambiente e da cultura local, agiu como um destruidor insensível, cedendo aos interesses empresariais em detrimento do bem-estar da cidade e da preservação de sua identidade.
É uma triste ironia que a Palmeira Imperial tenha sucumbido diante do interesse empresarial de mostrar um cantor que terá um cachê em torno de R$ 350.000,00. Enquanto a natureza chorava sua perda silenciosa, os cofres públicos se abriram para encher os bolsos de alguns. Essa atitude da prefeitura de Marí é um exemplo claro de prioridades distorcidas, onde o lucro imediato é colocado acima da preservação do meio ambiente e da memória histórica da cidade.
Os moradores de Marí e todos os defensores do meio ambiente deveriam se unir contra essa atrocidade. A destruição da Palmeira Imperial é um lembrete sombrio de como o descaso com a natureza pode ser legitimado em nome do entretenimento e do lucro. É hora de responsabilizar os envolvidos por esse crime ambiental e exigir que a cidade seja restaurada à sua beleza natural e cultural. O futuro de Marí e de nosso planeta depende da proteção de nossa natureza e da preservação de nossas raízes.
Fotos do crime foram divulgadas por um perfil local denominado “DivulgaMari”, no Instagram.